O genial Millôr diz que só tem uma frase nossa que é menor que a deles: “era uma vez um velhinho”, que vira “once upon a time there was a little old man”. 10x5.
Pois os chineses escrevem a partir de sons, não correspondem som com letra. Meu nome em chinês vira dois ideogramas: um meio que diz “fla”e o outro “vio”, ou quase. Como sempre, tudo muito figurative: o “fla”, apurei em 1990 significa floresta – e no caso de pessoa, “desbravador, alguém que longe vai”. Rico não fiquei, mas já cheguei à China hahahaha
Então fica combinado, cada dois ideogramas equivalem a uma palavra. Tem coisas bem interpretativas – inflação é a mistura de “crise” e “oportunidade”. Eles escrevem bem pouquinho – mas pra falar…..
Pergunte a um chinês como chegar no Baixo Pequim, sei lá. Ele fala um monte (mais do que eu!), junta com outro, faz uma conferência de chineses, rola palestra, seminário, incrível! Outro dia eu estava num taxi e precisava de ajuda, pois o taxista não entendia nem ingles nem mimiquês. Liguei para a Sarah, chinesa de Shangai e esposa do meu amigo italiano. Pensei: “Pronto, resolvido”. Mermão, ficaram horas conversando, pensei que ia rolar casamento de tanto que o china desenrolava.
Agora quem me chamar de professor tagarela eu vou dizer: “É? Vai estudar em Pequim procê ver o que é bom pra tosse!”
Um comentário:
Olá, Mestre Flávio! Ativista de comunidades no Alto da Boa Vista, acompanho seu périplo sino-brasiliano em Pequim. Na luta pelas comunidades históricas, no entorno da floresta da Tijuca, estamos preparando uma rádio FM e um canal de TV a cabo(comunitários), além do jornaleco'Raízes do Alto'. Nestas madrugas insones e olímpicas, ligo-me, em particular, na conterrânea Marta, sertaneja de minha Alagoas, nota mil. Seu blog é, em síntese, a cara do mestre da Pinheiro, sem formalismos e pudores estético-filosóficos. No gogó! Ancelmo, no Globo, embora sem citá-lo nominalmente, reportou-se ao seu engenhoso 'Beijing, Beijing...pau, pau'. Valeu! Bons Jogos! Antônio Manoel Góes-Rio(RJ).
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